Irmãos e Padres
« Padres e Irmãos, não podemos, no Instituto, viver separadamente.
A natureza de nossas obras torna a ação dos leigos
indispensável em todo lugar;
ferir esta condição vital seria anular-nos,
destruir nossa existência no seu alicerce.. »
A união do Irmão leigo e do Irmão eclesiástico
Um mesmo chamado do Senhor à consagração religiosa e ao dom total reúne na nossa Congregação Irmãos e Padres que formam juntos uma única e mesma família. Esta é um instituto clerical de direito pontifício.
Deus é que quis, verdadeiramente, esta união íntima dos dois elementos para fundir nas obras de caridade e de zelo a ação do laicato consagrado e a graça do ministério sacerdotal.
Assim, entre nós, os Irmãos, ministros da caridade e os Padres, ministros ordenados, na mais cordial cooperação, prestam-se um apoio recíproco, uns preparando e sustentando as obras, outros dando lhes a força espiritual e a consumação.
Os Irmãos ministros da caridade
Os Irmãos leigos lembram a todos que vale a pena “perder tudo para ganhar a Cristo”. O primeiro serviço a prestar à Igreja é formar Jesus Cristo em nós, a fim de mostrá-lo aos outros.
É primeiro por este testemunho de sua vida consagrada que os Irmãos trabalham, com os Padres, na santificação dos homens, sendo seu único fim conduzi-los a Deus. Cuidando da formação humana daqueles que lhes são confiados, eles tornam possível, preparam e facilitam a ação do padre.
Além do mais, mensageiros da verdade e educadores da fé, eles anunciam o Senhor Jesus de várias maneiras, notadamente pela palavra, tanto aos não-crentes, para ajudá-los a caminhar para a fé, quanto aos fiéis, para instruí-los, fortalecê-los e incitá-los a uma vida mais fervorosa.
Os Padres ministros ordenados
Ministros da. Palavra e dos sacramentos, eles continuam na terra, com a simplicidade tão recomendada por São Vicente de Paulo, a obra do Cristo, e dedicam-se sem reserva a ensinar, guiar e santificar aqueles que, com os Irmãos, eles se esforçaram para trazer de volta a Deus.
Na caridade e na humildade do Senhor Jesus, eles consagram-se ao bem daqueles que aceitaram como seus irmãos e amigos na vida religiosa, dos quais devem ser luz e sustento. Os Padres ajudam assim os Irmãos a viverem as riquezas de sua consagração batismal e religiosa.
Em uma mesma vida comum
A união dos corações é, no meio de nós, a compensação dos trabalhos e dos sacrifícios; ela traz aos homens de nosso tempo, o primeiro testemunho pedido por Jesus a seu Pai na sua oração sacerdotal.